Na CBN, Requião confirma que vai congelar tarifa de água e pode baixar a conta de luz

O candidato encerrou a série de entrevistas com os candidatos ao governo e disse que Richa não cumpriu determinação do Tribunal de Contas da União para abaixar a tarifa do pedágio

O candidato a governador da coligação “Paraná com Governo” (PMDB/PV/PPL), Roberto Requião, concedeu entrevista à Rádio CBN de Curitiba na manhã desta sexta-feira (05). Ele voltou a criticar a falta de gestão do atual governo, disse que vai congelar a tarifa de água, reduzir a conta de luz, explicou sua posição com relação aos empréstimos ao Paraná e ainda projetos para educação e segurança.

“O Paraná está uma bagunça. Quando assumi, em 2003, encontrei um cenário caótico. Com muito trabalho e nenhum empréstimo fizemos 300 programas de governo. Hoje falta dinheiro para a polícia, mas tem R$ 600 milhões para publicidade. Ontem, na Gazeta do Povo, o Celso Nascimento fala que Richa deu um aditivo de R$ 160 milhões para os empreiteiros. Não tem dinheiro para pagar aluguel do Instituto de Identificação, mas tem esse dinheiro para dar para empreiteiros em véspera de eleição. Nós vemos uma desorganização brutal do estado”, afirmou.
Requião também lamentou a situação da Copel. “Quando assumi, havia 23 diretorias na empresa. Eu reduzi para sete, já aumentaram para 16. A tarifa da energia está aumentando de uma forma rigorosa e absolutamente injustificada. Estão metendo a mão no bolso da população”, criticou, citando também a Sanepar como outro exemplo de má administração.
“A Sanepar, em uma inflação de 23%, teve a tarifa elevada em 56%. Então o que eu vejo é um governo voltado ao favorecimento de financiadores de campanha, sem nenhuma preocupação com a população e uma desorganização absoluta das finanças”, destacou.
Segundo o candidato, reduzir a conta de luz dos paranaenses é uma possibilidade real. “É possível segurar essa tarifa. Quando fui governador eu segurei. Foi a tarifa mais baixa do Brasil por sete anos. A Copel Geração está tendo um lucro fantástico e poderia ser feito o que eu fiz no passado, que é repassar parte desse lucro para a Copel Distribuidora, aí não precisa aumentar absurdamente a tarifa do consumidor. É um problema de gestão”.
Requião lembrou que o governo atual preferiu manter a participação nos lucros das empresas privadas dobrado, manter o lucro da Copel Geração e jogar o prejuízo da Copel Distribuição na tarifa, prejudicando as empresas do Paraná e o consumidor. “Se nós assumirmos o governo vamos resolver isso, vamos fazer uma auditoria”, explicou.
Gestão - Em relação aos empréstimos federais ao Paraná, Requião explicou como se posicionou. “Em um primeiro momento eu pedi informações, porque acredito que estavam fraudando informações dadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Posteriormente votei a favor. O Paraná precisa de dinheiro para investimentos em infraestrutura, não para pagar despesas correntes. Se Richa não tem dinheiro para pagar o pessoal e faz um empréstimo para isso, como vai pagar esse empréstimo depois? Isso quebra o Paraná”, observou.
Requião criticou ainda a postura do Governo Richa, que não cumpriu uma determinação do Tribunal de Contas da União para abaixar a tarifa do pedágio. “Em 2012, o TCU fez uma auditoria a pedido da Casa Civil da Presidência da República e determinou ao DER que corrigisse o pedágio, que estava sendo cobrado em desfavor do usuário, em um prazo de um ano. Esse prazo venceu no começo de 2013 e o governador não atendeu”, lamentou.
Segurança - Na questão da segurança, Requião afirmou que as UPS – Unidade Paraná Seguro -, implantadas pelo atual governo, podem ser interessantes apenas em algumas circunstâncias. “Mas o que adianta um contêiner com uma pessoa imobilizada ali dentro? A solução é o Patrulhamento Ostensivo Volante, a polícia comunitária, onde os policiais são conhecidos e reconhecidos pela população, sempre trabalhando no mesmo bairro. A polícia não pode ficar imobilizada, por isso os módulos policiais foram desativados”, avaliou.
Educação - Para a educação, Requião defendeu a volta da patrulha escolar e da ampliação da formação continuada aos funcionários das escolas. “Eu criei a Patrulha Escolar. Tínhamos 22 em Curitiba e região, agora temos uma ou duas. Proponho o preparo dos agentes das escolas e a volta da patrulha escolar. Mas não uma patrulha agressiva e sim uma que interaja com as famílias, com os professores”, afirmou.
“E ainda querem transformar em ensino à distância a formação continuada dos professores. Não tem sentido. O espírito do plano era recolocar o professor no ambiente acadêmico. Vamos retomar isso e ampliar esse avanço cultural e intelectual para os funcionários”, destacou.

Assessoria de Imprensa Requião / Marcos Martins

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