Prostrado, o governador Beto Richa assiste seu governo
desmoronar a cada dia. O Paraná está mergulhado numa profunda crise política,
financeira e ética. Na ausência de propostas e projetos factíveis, Richa tenta,
mais uma vez, montar um quebra cabeça emergencial. As receitas e os métodos de
aplicação se repetem:
o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, importado
da orla baiana para as araucárias, inventa fórmulas mágicas para tentar evitar
a falência completa do Estado. Quem paga é o contribuinte com o aumento de
taxas e impostos ou pela venda de ações das empresas estatais.
Em 2014, há exatos dois anos, a promessa de campanha para
reeleição era que “o melhor está por vir”. Contado os votos, Beto apresentou a
fatura aos paranaenses, inclusive os 55% dos eleitores que foram por ele
enganados. O Estado estava literalmente quebrado. A
dívida vencida com fornecedores superava a 1,6 bilhão de reais. Para cobrir o
rombo, tomou uma série de medidas que pesaram no bolso dos paranaenses. Elevou
as taxas do IPVA em 40% e aumentou a alíquota do ICMS de 12% para 18% ou 25% em
mais de 95 mil itens. Mexeu ainda no fundo de previdência dos servidores,
transferindo um saldo superavitário de 8,5 bilhões de reais para o caixa do
governo. A reação popular terminou com o fatídico massacre dos professores e
servidores no Centro Cívico.
Agora, insiste
em enfiar goela abaixo mais um pacote de maldades que prevê, entre outras
medidas, suspender o pagamento dos reajustes dos servidores públicos de acordo
com a inflação de 2016, previsto em lei sancionada pelo próprio governador no
ano passado. Uma nova greve foi convocada pelos professores, com adesão da
Policia Civil e docentes das Universidades Estaduais. A reboque, alunos do
ensino médio ocupam mais de 600 escolas em protestos a PEC 241 e a falta de
diálogo do governador com os estudantes.
Requião Filho
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