O deputado Anibelli Neto, do MDB, conseguiu arrancar o compromisso do
governo do Estado, na voz de seu líder na Assembleia Legislativa,
deputado Hussein Bakri, do PSD, que a Sanepar não irá antecipar a
cobrança do reajuste de 25,26%, previsto para os próximos oito anos. O questionamento de Anibelli foi feito ao secretário da Fazenda, Renê
Garcia Júnior, nesta quarta-feira, durante a audiência pública, na
Assembleia Legislativa, sobre o cumprimento das metas ficais do governo
no último quadrimestre. O secretário alegou que não tem ingerência sobre as decisões da
Sanepar até porque – disse – a nova Lei das Estatais o proíbe. Foi o
líder do governo quem respondeu, garantindo que, “embora seja mais
vantajoso que fosse aplicado de uma vez só, esta não é uma decisão do
governo”. “Não vai ser feito. Não passou de um exercício de futurologia”,
disse, referindo-se a afirmativa feita pelo presidente da Sanepar,
Cláudio Stábile, em encontro recente promovido pela XP Investimentos, em
Curitiba. Dinheiro em caixa O secretário da Fazenda também não quis entrar no mérito de quanto a
ex-governadora Cida Borghetti deixou em caixa para o governo Ratinho
Júnior. Durante o período de transição entre os dois governos, o então
secretário da Fazenda, José Luiz Bovo afirmou que o governo de Cida
Borghetti estaria deixando em caixa 5 bilhões de reais, sendo que 3
bilhões estariam comprometidos em razão dos restos a pagar, obras
conveniadas. Renê Garcia Júnior não quis “entrar no detalhe da narrativa” e
sugeriu que se questionasse o Tribunal de Contas do Estado, mas ao final
admitiu que, o que ficou mesmo em caixa, foram R$ 192 milhões.
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