Ciência explica o prazer em sentir medo



Sabemos que a sensação do medo nos seres humanos pode estar ligada a vários fatores - como a sobrevivência -, mas ela também pode estar conectada a uma ambígua sensação de prazer nas pessoas que pode até viciar.

Vários especialistas têm estudado quais são os mecanismos de recompensa e aprendizagem que se ativam com o terror. O professor de psicologia Francisco Claro Izaguirre explica que experimentar sensações de medo, sabendo que se está a salvo, permite ao ser humano explorar o fascínio ambíguo provocado pela morte e o sofrimento.

A socióloga Margee Kerr acredita que o terror cumpre várias funções no desenvolvimento humano: “dar unidade aos grupos, preparar as crianças para a vida em um mundo perigoso e aprender a controlar nosso comportamento”.

Em um nível orgânico, assustar-se desencadeia a liberação de adrenalina, o que faz com que o nosso corpo reaja com mais rapidez e eficácia diante de um perigo. Além disso, elevam-se os níveis de dopamina (o hormônio do prazer), útil para combater o estresse resultante de uma situação de ameaça. Essa combinação química única explica o porquê de muitas pessoas serem viciadas em sentir medo.

Alguns neurocientistas acreditam que as áreas do cérebro ativadas diante do terror são também as responsáveis por várias funções relacionadas à aprendizagem. Dessa forma, o susto funcionaria como um aperfeiçoador dos processos cognitivos e da memória.

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