Você não aguenta mais ver uma enchente de selfies na sua timeline? Então largue o celular e vire parte da solução, porque seus amigos também não têm mais paciência para ver as suas fotos de você mesmo.
Mas, se não nos interessamos pela fotos dos outros, por que então continuamos tirando as nossas próprias? Porque somos convencidos, é claro. Questionados sobre a motivação das selfies, os 283 entrevistados que preencheram formulários virtuais se dividiram em três categorias:
- Os partidários das selfies clássicas as consideram um meio de autoafirmação: por meio delas, é possível ressaltar aspectos positivos da própria personalidade e manipular a visão que os outros têm de você.
- Um segundo tipo de pessoa faz os retratos em momentos íntimos para conquistar a simpatia alheia, um comportamento que a psicóloga chamou de “auto-ironia”. A mensagem é de que você é uma pessoa como qualquer outra, que come Nutella no pote e vê programas de TV ruins — e não alguém que usa a rede para autopromoção, como os usuários da primeira categoria.
- Já o terceiro tipo de foto é abertamente “negativo”, e se baseia em falsa modéstia e autocrítica. São usuários que postam fotos com legendas como “sou feio demais!” para ganhar comentários consoladores.
Essa inundação de autorretratos atingiu proporções inacreditáveis: em 2014, segundo o Google, só os usuários de telefones com sistema operacional Android tiraram 93 milhões deles por dia. Selfies são um terço de todas as fotos feitas por pessoas entre 18 e 24 anos, revelou outra pesquisa, essa de 2013.
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Bruno Vaiano
super
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