Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a malária já matou mais pessoas que qualquer outra doença na história. Por ser o único vetor de transmissão entre humanos, estima-se que a fêmea do mosquito Anopheles pode ter sido responsável por exterminar 52 bilhões de pessoas, de um total de 108 bilhões que já existiram até hoje. Em um novo livro chamado "The Mosquito: A human history of our deadliest predator" ("O Mosquito: uma história humana do nosso predador mais mortífero", em tradução livre), o historiador Timothy C. Winegard aborda como esses insetos interferiram no destino da humanidade.
Sem
ir muito longe, a história de Roma deve muito aos mosquitos, que
levaram a malária a seus inimigos em diversas ocasiões, muitas vezes
quando tudo já estava perdido para os romanos. De fato, desde a Grécia
Antiga até a Segunda Guerra Mundial, as doenças transmitidas pelo
mosquito derrubaram exércitos inteiros e deixaram populações vulneráveis
a qualquer invasão.
Personagens
históricos, como líderes mundiais, também foram vítimas dos mosquitos.
Em seu livro, Winegard relembra que exames recentes apontam que a
malária foi a causa da morte do faraó Tutancâmon, por exemplo. O autor
defende ainda que os insetos tiveram influência até mesmo na história da
escravidão nas Américas. Segundo ele, povos africanos que tinham
resistência a doenças transmitidas por mosquitos eram os mais visados
pelos comerciantes de escravos, pois sobreviviam melhor no Novo Mundo.
Devido
a avanços recentes da medicina, a taxa de mortalidade por mosquitos
caiu de dois milhões por ano para "apenas" 830 mil recentemente. Novas
tecnologias, como a edição de genes, estão sendo usadas para reduzir a
letalidade desses insetos. Mesmo assim, eles ainda representam um grande
risco para a humanidade.
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BBC
Los Angeles Times
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