Cessar-fogo na faixa de Gaza é acertado entre Hamas e Israel

 

O governo de Israel anunciou nesta quinta-feira (20/05) um cessar-fogo com o Hamas, após 11 dias de conflito entre o Exército israelense e militantes palestinos na Faixa de Gaza. Os confrontos deixaram um saldo de 232 do lado palestino e 12 em Israel.

O cessar-fogo, mediado pelo Egito, entrará em vigor às 2h de sexta-feira (horário local; 20h de quinta-feira em Brasília), de acordo com a imprensa israelense.

Poucas depois do anúncio israelense, o grupo islâmico Hamas confirmou a trégua "mútua e simultânea" com Israel.  "Obtivemos garantias dos mediadores de que a agressão contra Gaza vai parar", disse o porta-voz do Hamas em Gaza, Hazem Qassem sobre o papel do Egito e da ONU na resolução do conflito.

Segundo comunicado do gabinete de segurança do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi aceita a proposta feita pelo Egito de um "cessar-fogo bilateral e incondicional, que entrará em vigor numa data posterior".

O anúncio do cessar-fogo era esperado, uma vez que Israel e o Hamas já tinham anunciado a intenção de chegar a este acordo, apesar dos bombardeios na Faixa de Gaza que continuaram ao longo do dia e que foram respondidos com foguetes a partir do território palestiniano. 

O dia começou da mesma maneira que os anteriores nos dois territórios, sem tréguas nos ataques Israel e o Hamas, no entanto, Netanyahu anunciou que tinha convocado uma reunião de emergência do Gabinete de Segurança, que culminou no anúncio do cessar-fogo. 

Os EUA vinham fazendo pressão por um cessar-fogo, afirmando que havia sinais "claramente encorajadores" no sentido de uma trégua, explicitou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki durante uma conferência de imprensa. 

Osama Hamdan, uma das principais figuras do Hamas também tinha dito que o cessar-fogo entre as duas partes era esperado. 

O Presidente dos EUA, Joe Biden,  disse que esperava de Israel uma intenção real de interrupção na escalada do conflito, mas Benjamin Netanyahu continuava a dizer que estava "determinado em continuar a operação contra o Hamas até atingir o objetivo". 

As Forças Armadas israelenses anunciaram hoje o bombardeio de túneis utilizados por membros do Hamas, assim como habitações que pertenciam a oficiais do grupo.  

O conflito dos últimos dias provocou a morte a pelo menos 232 palestinos em Gaza, entre os quais 64 crianças, e 1.620 feridos.  Em Israel, as autoridades contabilizaram a morte de 12 pessoas, entre as quais duas crianças, e 340 feridos.

 
 
conteúdo
DW

Nenhum comentário:

Postar um comentário