Ciro Gomes pode ser o anti-Bolsonaro das eleições de 2018



Num Roda Viva surpreendente, o pré-candidato Ciro Gomes, do PDT, surfou em uma bancada de jornalistas preparada para pressioná-lo com perguntas. Pediu a demissão de Pedro Parente e colocou que somente a mudança na política de preços do petróleo podem tirar a Petrobras da paralisação dos caminhoneiros e da nova greve dos petroleiros.

Ciro só falhou ao falar sobre aborto e luta de minorias. Fez uma defesa contundente do desenvolvimento nacional e diz que não serve a "dois senhores".
O pré-candidato se volta para o povo e não para o mercado financeiro, que acusa de fazer proselitismo ideológico.
Os disparos de Ciro Gomes chegaram até no ex-governador Alckmin, acusando sua gestão de ter feito acordo com o PCC. Sobre o PT, Ciro Gomes explicou que a burocracia do partido e a direita o impedem de formalizar uma aliança.
Mas o grande destaque da entrevista foi Jair Bolsonaro.
Na sabatina, na entrevista da TV e no evento da Folha de S.Paulo, Ciro fez questão de pontuar que Bolsonaro é um "fascista" e "protótipo de ditador".
No Roda Viva, Ciro Gomes explicitou que Jair Bolsonaro provavelmente perderia o governo se mantivesse tais posturas. Entretanto, diz que os eleitores é que devem decidir se ele terá ou não possibilidade de ser presidente.
Ciro não fica na provocação ao pré-candidato Bolsonaro, mas ataca o cerne de suas ideias que vão contra qualquer coisa da esquerda.
Jair Bolsonaro tenta desesperadamente se descolar de Michel Temer e dobra a aposta num antagonismo com Lula, que está preso. Só que ele está mirando no alvo errado.
É evidente que, se puderem participar dos debates, Manuela D'Ávila e Guilherme Boulos vão também desgastar Bolsonaro. Seu grande inimigo, no entanto, não é nenhum deles. Mas sim Ciro Gomes.
E Ciro provou que está preparado para ser o anti-Bolsonaro.

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Pedro Zambarda
Brasil 247

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