Eis a grande pergunta. Mas, para respondê-la, precisamos definir a que nos referimos quando falamos de capacidade intelectual.
Seria a capacidade de cada pessoa tomar decisões, pensar e aprender
tanto uma atividade motora como um conceito. Uma vez clara esta questão,
a resposta sobre o limite da capacidade intelectual, sua ou de qualquer
um, deve começar por dizer que há três fatores que estabelecem esses
limites. O
primeiro seria a capacidade intelectual dada por sua genética, pelo
genoma que você herdou de seus antepassados. Essa carga genética é
diferente em cada pessoa. Depois haveria uma segunda parte que é o
treinamento, o exercício da capacidade intelectual. E o terceiro é o
ambiente onde a pessoa vive e que pode lhe permitir ou não desenvolver
mais ou menos tanto sua capacidade inata como o treinamento e a
educação. Ou seja, você pode ter uma enorme capacidade para aprender
chinês, mas se jamais em sua vida for exposta a essa língua, não a
aprenderá. Uma vez que temos claro que esses são os três limites, é preciso
explicar também que a combinação deles é o que tornará sua capacidade
intelectual maior ou menor. Por exemplo, pode haver alguém com não muita
capacidade inata, mas que esteja decidida a ampliar muito seu horizonte
intelectual – o que ela deve fazer é muito treinamento. Talvez essa
seja a chave que explica por que todos os esportistas, músicos ou
qualquer um que seja muito bom numa determinada tarefa é tão bom assim
porque treina muito, além de ter de saída uma grande capacidade inata,
pois só tendo predisposição não conseguiriam. Mas também é preciso
deixar claro que o desenvolvimento de algumas capacidades só com
treinamento às vezes é complicado e não permitir alcançar um grau de
excelência enorme, embora sim melhorar muitíssimo. Também é muito
importante considerar o ambiente – certeza que lhe ocorrem nomes de
pessoas que se destacam em alguns aspectos simplesmente porque estão em
um ambiente muito propício. Há outro aspecto relacionado com a inteligência que é fundamental na
hora de avaliar a capacidade de uma pessoa: a tomada de decisões. Isto
quer dizer que também falamos de inteligência ou capacidade intelectual
naquela vertente em que uma pessoa tomaria uma determinada decisão entre
todas as que possa tomar. Aqui não estaríamos melhorando uma
habilidade, mas sim falando de uma pessoa inteligente no sentido de que
toma a melhor decisão. Podemos ver pessoas quase iletradas, como alguém
que cuida um rebanho e que toma muito boas decisões com relação a
conseguir que este rebanho siga adiante – isto seria um comportamento
claramente inteligente, embora essa pessoa provavelmente obtivesse maus
resultados em uma prova que medisse outro tipo de capacidade
intelectual. Assim resumindo, existe de fato um limite para a capacidade
intelectual, porque geneticamente o temos. Por exemplo, você poderia
chegar a falar muito bem um idioma porque foi exposta a ele e treinou
muitíssimo, mas ser incapaz de alcançar o nível fonético dos que são
nativos do lugar, ou inclusive do ponto de vista motor há movimentos que
alguém poderia não conseguir fazer. Também é preciso ter claro que se
uma pessoa trabalhar duro pode reduzir, e até muito, essas limitações.
Durante muito tempo parecia que com a educação
era possível conseguir tudo, e isso não é totalmente verdade.
Concluindo, há limites, mas também há uma grande variabilidade, e se as
pessoas trabalharem e não houver uma doença ou uma lesão, pode-se chegar
a conseguir muitíssimo.
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