Cientistas confirmaram que fósseis encontrados há mais de dez anos na
África do Sul representam um "elo perdido" na árvore genealógica da
humanidade. De acordo com pesquisadores, o Australopithecus sediba tem
conexões próximas com o gênero Homo, que inclui os humanos modernos. Ele
representa uma espécie que faz a ponte entre os primeiros humanos e
seus antecessores. Os fósseis do Australopithecus sediba foram encontrados por acaso em
uma caverna na localidade sul-africana de Malapa, em 2008. O curioso é
que a descoberta foi feita por um menino de apenas nove anos. Matthew
Berger se deparou com o tesouro arqueológico enquanto procurava seu
cachorro. Na ocasião, foram descobertos dois fósseis: o de um
macho de cerca de 13 anos e o de uma fêmea de aproximadamente 30 anos.
Segundo os cientistas, o Australopithecus sediba era um hominídeo que
vivia primordialmente em árvores há cerca de dois milhões de anos. De
acordo com um estudo publicado na revista Paleoanthropology, eles
escalavam as árvores para buscar alimentos e se proteger de predadores. Após
a descoberta, os cientistas passaram anos debatendo se os fósseis
pertenciam mesmo a uma espécie desconhecida ligada ao gênero Homo.
Agora, eles chegaram a um consenso de que o Australopithecus sediba tem
inúmeras características em comum com o Homo. A descoberta ajuda a
montar o quebra-cabeça da história da humanidade, encaixando os fósseis
de Malapa entre o esqueleto de 3 milhões de anos de "Lucy" e o Homo
habilis, que viveu entre 1,5 e 2,1 milhões de anos atrás.
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