Ainda que pareça estranho, em um país nas Américas ainda está em vigor
uma lei de mais de 100 anos que trata sobre feitiçaria. O lugar em
questão é o Canadá. Apesar de sua revogação já estar prevista, a norma
contra os praticantes de bruxaria continua a ser usada como um
dispositivo constitucional para julgar as pessoas que praticam serviços
envolvendo as “artes das trevas”. Recentemente, duas mulheres foram acusadas de praticar golpes em seus
clientes por meio da bruxaria. Dorie "Madeena" Stevenson, reconhecida
por seus serviços de “vidente” em Ontário, foi acusada, após vários
meses de investigação, de haver recebido quase 50 mil dólares de
honorários profissionais. Outro caso que chamou a atenção foi o de
Samantha Stevenson, que também se apresentava como vidente. Segundo a
versão policial, a mulher convenceu um homem que “a única maneira de se
desvencilhar dos espíritos malignos que viviam em sua casa era vendê-la
e transferir o dinheiro obtido à sua conta bancária”. Na maioria
desses casos, as pessoas julgadas praticaram atos fraudulentos contra
seus clientes e, no futuro, já não serão mais julgadas por “bruxaria”.
Isso porque o governo canadense propôs retirar do código penal essas
seções desatualizadas, e substituí-las por outras, mais condizentes com o
contexto atual.
0 Comentários