Como o YouTube impulsiona teorias conspiratórias sobre Terra plana



O YouTube tem um papel significativo em convencer pessoas de que a Terra é plana, sugere uma pesquisa da Texas Tech University, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores fizeram um levantamento em conferências sobre essa teoria e perceberam que a maioria dos presentes mencionou vídeos que assistiram no YouTube como fator-chave para que passassem a duvidar de que o planeta é redondo.
Eles disseram que se convenceram de que a Terra seria plana depois de assistir a vídeos sobre o assunto. Para os cientistas americanos, o YouTube precisa fazer um trabalho mais responsável, para garantir que o público também receba informações precisas e científicas ao assistir a vídeos sobre o assunto.
"Há muita informação útil no YouTube, mas também desinformação", disse ao jornal britânico The Guardian a professora Asheley Landrum, da Texas Tech University, que conduziu o estudo.
Os algoritmos que o site usa para guiar pessoas a tópicos que possam interessá-las facilitam que elas acabem num poço de desinformação, diz Landrum. "Acreditar que a Terra é plana não é em si prejudicial, mas essa teoria vem associada a uma descrença nas instituições em geral", acrescenta a professora. 
A pesquisa envolveu entrevistas com 30 participantes de duas conferências. Os entrevistadores descobriram que o YouTube sugeriu vídeos sobre a teoria da Terra plana depois que essas pessoas assistiram a vídeos com teorias conspiratórias sobre outros assuntos.
Alguns dos entrevistados disseram que inicialmente decidiram ver os vídeos para criticá-los, mas acabaram sendo convencidos. Os resultados do estudo de Landrum foram apresentados nesta semana na reunião anual da Associação para a Ciência Avançada.
Landrum defendeu que cientistas e pessoas que acreditam na ciência produzam seus próprios vídeos no YouTube para responder aos argumentos apresentados pelos que advogam por teorias conspiratórias, como a da Terra plana.
"O instrumentos que temos para combater a desinformação é inundar a plataforma com informação de qualidade", diz Landrum.

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BBC

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