Um grupo de cientistas vindos da Inglaterra, Estados Unidos e
Itália, descobriram que seu cérebro é mais parecido com os Sete anões
do que você imagina: apesar deles serem, em geral, muito semelhantes, as
pequenas diferenças entre um e outro podem te fazer mais mente aberta
(como o Dengoso), generoso (como Dunga), conservador (como Zangado),
comedido (como o Mestre), ou empolgado (como Feliz). A causa de tudo isso não é nem seu cérebro todo, mas uma
parte da área externa dele, o córtex. Os pesquisadores repararam que
dependendo do enrugamento e da grossura da região, a personalidade das
pessoas varia. E que tudo isso seria ditado pelo seu DNA. Quem tem um
córtex mais fino e enrugado na parte frontal, tende a ser mais liberal,
por exemplo.”Claro que somos continuamente moldados por nossas
experiências e ambiente, mas o fato de vermos claras diferenças entre
estruturas cerebrais ligadas a traços de personalidade, sugerem que
muito provavelmente há genética envolvida nisso”, afirma Nicola Toschi, biomédico da italiana Universidade de Roma Tor Vergata, um dos autores da pesquisa. Os pesquisadores acreditam que tudo isso está ligado à
evolução. Conforme envelhecemos, nosso cérebro cresce, muda e se
adapta para ocupar menos espaço – já que o crânio se expande em menor
velocidade. Nosso córtex frontal vai ficando mais liso, porém mais
enrugado. Ao mesmo tempo, ficamos menos incisivos, aceitamos melhor a
opinião dos outros e, bom, sobrevivemos. A pesquisa pode ajudar não só a entender melhor sobre as
personalidades, mas a prevenir doenças relacionadas com o comportamento
e, consequentemente, com o cérebro. Descobriu-se, por exemplo, que
pessoas com o córtex frontal mais liso (e consequentemente mais
empolgadas) tendem a desenvolver transtornos mentais. “Fazer conexões
sobre como a estrutura cerebral se relaciona à traços básicos de
personalidade é um passo crucial para melhorarmos as ligações entre a
morfologia cerebral e um humor particular, cognição ou transtornos
comportamentais”, afirma, o também autor da tese, Luca Passamonti, neurocientista da Universidade de Cambridge.
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