Nove futuros de ficção científica para a humanidade evitar




'Blade Runner' foi um dos filmes a mostrar um futuro sombrio


A ficção científica tem muito a ensinar às nossas sociedades - talvez não tanto sobre como elas devem se moldar, mas sim sobre quais caminhos não seguir ou os possíveis perigos que o futuro nos reserva.
A BBC elaborou uma lista de "futuros" que foram sonhados por escritores e cineastas, mas que nem de perto servem de modelo para o que queremos para nós.
(Atenção: este artigo é cheio de "spoilers" - revelações sobre o enredo de filmes não recomendadas para quem não os viu).:

1. Androides com inteligência artificial






Ash, de 'Alien, o Oitavo Passageiro' é exemplo de androide traiçoeiro

Androides - seres parecidos com humanos mas criados com engenharia robótica- quase sempre acabam criando perigo e confusão. Alguns já são mal-intencionados desde que foram criados, como os da série O Exterminador do Futuro. Outros, como Ash do filme Alien, o 8° passageiro, começam servindo os humanos, mas por falta de "humanidade" acabam os traindo.
Os androides na ficção refletem o temor de que nós mesmos estamos cada vez menos "humanos" e que a criação de formas diferentes de inteligência artificial vão acabar se tornando a nossa derrocada. Também existe o medo de a própria humanidade vai criar a sua destruição.

2. Máquinas + arsenal = catástrofe






Nunca dê armas nucleares a um androide com alcunha de 'Exterminador do Futuro'

É possível elaborar uma equação quase matemática; inteligência artificial é igual a algo inconveniente; isso mais armas é igual a algo desastroso; isso tudo mais armas nucleares é igual a apocalipse.
Guerras nucleares, quando retratadas pela ficção durante a Guerra Fria, sempre terminaram em cenários apocalípticos - como na série Planeta dos Macacos ou em Godzilla. Na ficção, boa parte da ameaça nuclear vem de máquinas - como o supercomputador combatido por Joshua em Jogos de Guerra, de 1983, ou como a empresa Skynet, da série O Exterminador do Futuro.

3. Clonagem humana

No melhor dos cenários, a clonagem humana pode servir para que se crie doadores de órgãos ou mão de obra barata - como em Não Me Abandone Jamais, A Ilha e Lunar. No pior, ela pode dar origem a um exército maligno, como em Guerra nas Estrelas Episódio 2: O Ataque dos Clones.
Mas a clonagem do cinema também tem outros defeitos: ela determina todo o futuro (Gattaca - Experiência Genética), dá origem a super-homens (como o personagem Khan, de Jornada nas Estrelas) ou gera monstros estranhos, como em A Mosca.

4. Estado controlador






Em 'Distrito 9', alienígenas são confinados em favelas na África do Sul

A preocupação com governos que controlam demais sua população é uma noção do presente que sempre aparece extrapolada em ficções sobre o futuro. Em Capitão América 2 - O Soldado Invernal, na tentativa de combater o terrorismo, o governo acaba "segurando uma arma contra a cabeça de todo mundo na Terra, e chamando isso de proteção."
Muitos filmes - como Brazil ou Fahrenheit 451 - mostram regimes opressivos e totalitários. Em Distrito 9, a população alienígena é confinada em uma favela. Em THX 1138 e Fuga do Século 23 - ambos dos anos 1970 - a humanidade é constantemente drogada ou tem seu prazer regulado pelo governo. No segundo filme, a utopia faz com que todos tenham tudo que precisam até os 30 anos, quando são forçados a morrer.

5. Grandes corporações

Com a exceção da Wayne Enterprises de Batman e da Stark Enterprises do Homem de Ferro, grandes corporações em geral são malignas. Em Robocop, a Omni Consumer Products controla todos os aspectos da vida. Em No Mundo de 2020, a Soylent decide secretamente resolver o problema de falta de comida no mundo confeccionando alimentos a partir de cadáveres. Na série Alien, a Weyland-Yutani está sempre disposta a sacrificar a tripulação de suas naves.

6. Outros mundos






Em 'Avatar', terráqueos resolvem explorar recursos naturais em outros planetas

A ficção científica costuma mostrar a humanidade se espalhando por todo o universo. Os humanos sobrevivem extraindo recursos das luas de Júpiter, em Outland: Comando Titânico, ou explorando alienígenas azuis em Avatar.
Mas antes de sequer pensarmos em colonizar outros planetas e luas, é importante descobrir um jeito de não acabar com nossos próprios recursos. Além de apocalipses nucleares, a Terra é esgotada de outras formas - com mudanças climáticas (O Dia Depois De Amanhã, Waterworld), poluição em excesso (Wall-E) ou por falta de recursos naturais (como o petróleo em Mad Max).

7. Ameaça que vem dos céus






É sempre bom ficar de olho no que vem dos céus

Alienígena costumam chegar à Terra pelos céus - em Independence Day, Marte Ataca! e Super 8. Em alguns casos, como Cowboys & Aliens, eles estão atrás de recursos naturais, nesse caso o ouro terráqueo. Em outros, a Terra está meramente no meio de uma briga intergaláctica, como em Alien vs. Predador e Transformers.
Às vezes a ameaça não é alienígena, mas simplesmente uma catástrofe natural, como os asteroides, cometas e meteoros em Armageddon, Impacto Profundo e Meteoro.

8. Diga não aos superheróis

É pouco provável que no evento de a Terra estar ameaçada surjam pessoas com poderes sobrenaturais vestidas com roupas estranhas. Pode parecer uma boa ideia, mas provavelmente não é. A verdade é que para cada super-herói que surge, existe um supervilão com poderes iguais ou superiores. Especialistas chegaram a calcular o estrago que os vilões em Os Vingadores teriam feito: US$ 160 bilhões.

9. Não fazer nada

Nem mesmo a falta de ação dos homens é suficiente para deixar a humanidade em paz nos filmes de ficção científica. Em O Enigma de Andrômeda, a Terra é atacada por microorganismos que caem aqui por acaso. Em A Experiência, a Terra é invadida por uma alienígena que quer se reproduzir a qualquer custo.

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