Brasil cresce 1,2% no 1° trimestre e PIB volta ao patamar anterior à pandemia


 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o último trimestre de 2020, segundo dados divulgados nesta terça-feira (01/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números do IBGE confirmam um início de ano de expansão para a economia brasileira. Entretanto, há desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% ocorrido no quarto trimestre de 2020. O novo resultado vem na esteira da piora da pandemia no país, que teve uma aceleração em março.

O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução econômica.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 1%.

Este é o terceiro resultado positivo após os recuos registrados no primeiro (-2,2) e no segundo (-9,2) trimestres do ano passado.

A expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%).

De acordo com o IBGE, "com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014".

Mesmo com a alta incerteza e as preocupações decorrentes da pandemia de coronavírus, indicadores econômicos vêm surpreendendo positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB em 2021.

Apesar da recuperação do PIB, outros indicadores continuam a mostrar números negativos. No fim de maio, o IBGE divulgou que desemprego no Brasil atingiu a taxa recorde de 14,7% no primeiro trimestre. O número de desempregados também bateu um novo recorde, chegando a 14,8, milhões de pessoas. É o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.

Expectativa para 2021

A expectativa do mercado financeiro é de que o PIB brasileiro tenha crescimento de 3,96% neste ano, conforme o último Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. A projeção está acima da expectativa do próprio governo, que prevê uma alta de 3,5% para o PIB neste ano, de acordo com o Boletim Macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), do Ministério da Economia. Entretanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o país pode crescer de 4,5% a 5%.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve nesta segunda-feira a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas previu que o pais deverá ter um crescimento menor que a média mundial.
 
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DW

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