Sejam eles uma enorme embarcação para explorar os oceanos (SeaOrbiter), ou uma audaciosa missão para estabelecer uma colônia humana permanente em Marte (Mars One) - o que empaca estes superprojetos quase sempre é o financiamento.
Na maioria das vezes, a tecnologia necessária para concretizar esse tipo de ideia ambiciosa já existe. Apoio popular também não falta: no caso da Mars One, mais de 200 mil pessoas se inscreveram para uma viagem sem volta para Marte.
“O grande problema com esse tipo de projeto é que é difícil conversar com pessoas que não têm visão. É difícil convencê-las de que tem um mundo no longo prazo lá fora. As pessoas para as quais estamos pedindo fundos são guiadas apenas pelo modelo de curto prazo”, diz Ariel Fuchs, fundador da SeaOrbiter. “Perdemos nosso senso de visão e de exploração”.
A embarcação que Fuchs concebeu foi pensada para servir como um posto avançado de pesquisas relacionadas aos oceanos – ela cruzaria os mares ininterruptamente com o propósito científico de exploração e observação. Ele a compara com a Estação Espacial Internacional (algo como uma Estação Marítima Internacional).
Sea Orbiter
Ele também acredita que pode arrecadar muito dinheiro com a venda dos diretos de transmissão de sua empreitada – a ideia é criar algo como um reality show da vida na colônia humana em Marte. Como exemplo, Lansdorp cita os Jogos Olímpicos de Londres, que renderam incríveis 4 bilhões de dólares com um evento de apenas três semanas.
Ariel Fuchs, da SeaOrbiter, demonstra muita preocupação com a falta de interesse generalizada em investimentos de longo prazo, como a exploração científica. “Exploração é um investimento de longo prazo e ela leva à inovação. Não há exploração sem inovação, mas também não há inovação sem visão. Uma sociedade sem exploração é uma sociedade sem futuro”, aponta.
Mars One
Via Wired
por André Jorge de Oliveira
galileu
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