Repetindo os resultados registrados em julho, os
índices que compõem os Indicadores Conjunturais apresentados mensalmente
pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) registraram
queda entre janeiro e agosto deste ano, na comparação
com o mesmo período de 2015. Vendas Industriais recuou 5,62%; Compras
Industriais, 4,16; Nível de Emprego Industrial, 3,31%.
Ainda que as quedas sejam menores quando avaliados
no mês a mês — vendas encolheu 1,30%, compras, 0,80% e emprego, 0,58% —,
o resultado revela que situação da indústria paraense continua a se
agravar. Ao identificar que o Índice de Confiança,
também divulgado mensalmente pela Fiep, apontou em setembro elevação de
1,7 pontos, mantendo-se na área do otimismo pelo segundo mês
consecutivo após 31 meses na área de pessimismo, a entidade viu leves
sinais de alento. A dificuldade de identificar um horizonte
mais positivo, porém, está no fato de que, na avaliação do economista
da instituição, Roberto Zurcher, “a gravidade da crise advinda das
políticas públicas recentes faz com que as medidas já acionadas e em
andamento para reequilibrar as finanças do país deixam
em compasso de espera a retomada necessária dos negócios demorem a
surtir efeito”.
Outra dificuldade apontada por ele para a esperada
retomada está no fato de que há incertezas também quanto à ampliação
urgente da taxa de poupança e de investimento da economia brasileira,
pressuposto básico para a volta ao ritmo de desenvolvimento
da produção da riqueza nacional.
Indicadores
Agosto costuma registrar o maior nível de vendas na
indústria de transformação do Estado, mas o resultado registrado faz do
período o pior em dez anos, já que, se comparado com agosto de 2015, a
queda chega a 13,97%. Nove dos 18 gêneros
pesquisados apresentaram desempenho negativo; dois dos três gêneros de
maior participação na indústria paranaense registraram queda: refino de
petróleo e produção de álcool caiu, 15,25%; alimentos e bebidas encolheu
1,33%.
Em Compras Industriais, 13 dos 18 gêneros avaliados
estão negativos nos oito meses deste ano. Os maiores recuos foram
protagonizados por produtos químicos, móveis e indústrias diversas e
petróleo e produção de álcool.
Com relação ao Nível de Emprego, apenas quatro dos
18 gêneros avaliados revelaram resultados positivos na comparação dos
oito meses do ano contra o mesmo período de 2015. No mês a mês, houve
queda na massa salarial líquida de 2,10% em agosto
contra julho, assim como em horas trabalhadas, que encolheram 6,10%. Já
utilização da capacidade instalada manteve-se estável em 72%, dois
pontos percentuais superior ao registrado em agosto de 2015.
Assessoria de imprensa
Sistema Fiep
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