Em 1974, os cientistas do Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia,
começaram a notar uma crescente hostilidade entre dois bandos de
chimpanzés do lugar, que rapidamente acabaria em uma sangrenta guerra
civil. Jane Goodall, famosa britânica especialista em primatas, chamou o
conflito de “a guerra dos quatro anos”. Apesar da rigorosa investigação realizada sobre esse conflito
particular, até o momento, os cientistas não haviam sido capazes de
determinar o que deu início a essa luta. Agora, o professor de
antropologia evolutiva da Universidade de Duke, nos Estados Unidos,
Joseph Feldblum, publicou na revista American Journal of Physical
Anthropology um exaustivo estudo que explica os motivos por trás da
cruel guerra entre chimpanzés.
Feldblum acredita, após analisar
os registros da interação social dos chimpanzés, que a briga começou por
“uma luta de poder entre os machos de alta hierarquia”. Ao que parece, a
incomum baixa quantidade de fêmeas disponíveis registrada na época
tornou a disputa mais complexa, fazendo com que a violência crescesse
velozmente. “É triste ver a sequência de eventos na qual uma comunidade
maior aniquilou por completo a menor e, depois, tomou seu território”,
declarou.
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