O tucano João Doria Júnior,
que concorre ao governo de São Paulo pelo PSDB, acaba de postar uma
foto ao lado do juiz Sergio Moro, que vem sendo criticado por juristas
do Brasil e do mundo por ter preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, do PT, sem provas. Moro palestra num evento pago, organizado pelo
Lide, de Doria, em Nova York, no hotel Pierre, um dos mais caros da
cidade. O evento ocorre dois dias depois
de uma pesquisa CNT/MDA revelar que, para 90% dos brasileiros, o Poder
Judiciário age de forma parcial no Brasil. Segundo a pesquisa, para
90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual para todos. Apenas
6,1% consideram que age de forma igual. A avaliação sobre a atuação da
Justiça no Brasil é negativa para 55,7% (ruim ou péssima) dos
entrevistados. 33,6% avaliam a Justiça como sendo regular e 8,8% dos
entrevistados avaliam que a atuação da Justiça no Brasil é positiva
(ótima ou boa). Antes do evento de Doria, Moro foi alvo de protestos em que foi acusado de praticar 'lawfare'
– uma perseguição judicial que visa retirar o ex-presidente Luiz Inácio
Lula das eleições presidenciais de 2018 – que Lula venceria com
facilidade. Doria já foi cliente da firma
Mossack Fonseca e movimentou recursos no Panamá, um dos maiores paraísos
fiscais do mundo, que recebe dinheiro oriundo da corrupção, da
sonegação fiscal e da evasão de divisas (saiba mais aqui).
Lula, o melhor presidente da história do Brasil, na visão da maioria
dos brasileiros, teve todos os seus bens bloqueados por Moro.
Atualmente, a defesa de Lula tenta desbloquear recursos da
ex-primeira-dama Marisa Letícia para tentar custear a sua defesa. No evento de Doria, além de Moro,
também palestra o ministro Carlos Marun, que representa Michel Temer, já
denunciado como corrupto e chefe de quadrilha e também investigado por
propinas nos portos. A pesquisa CNT/MDA, a mesma que
aponta a descrença dos brasileiros na Justiça, também aponta que Lula
venceria facilmente as eleições presidenciais de 2018. No entanto, o
PSDB, partido de Doria, pretende impedir a participação de Lula com base
na decisão tomada por Moro e confirmada em tempo recorde pelo TRF-4.
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