Que impacto seus pais têm em suas amizades? Depois de adultos, tentamos discernir de quem vale a pena ficarmos próximos ou não. Mas e quando crianças? De acordo com um estudo da Florida Atlantic University, EUA, em parceria com a Universidade de Jyväskylä, Finlândia, características dos pais podem ter influência no término das amizades dos filhos.
Os 
pesquisadores avaliaram três características da parentalidade: como eles
 controlavam o comportamento dos filhos, como eles controlavam os filhos
 psicologicamente e quanto de carinho davam aos filhos. Eles também 
examinaram relatos de mãe e pai sobre seus próprios sintomas depressivos
 e estilos de educação dadas aos filhos, além, é claro, de analisarem os
 status das crianças em suas classes escolares. Os pesquisadores queriam
 saber se características negativas dos pais, como comportamentos 
manipulativos e coercitivos, perturbavam as amizades dos filhos.
No total, 
foram analisadas 1.523 crianças, de 1º a 6º ano das escolas finlandesas –
 os mais novos tinham, em média, 7 anos. Os resultados comprovaram a 
hipótese: características negativas da parentalidade, como depressão e 
controle psicológico, aumentam o risco de rompimento dos filhos com seus
 amigos. Crianças com pais clinicamente deprimidos têm 104% mais chances
 de desfazer amizades. 
O estudo 
também confirmou que a maioria dos amigos nessa faixa etária são 
transitórios: menos de 10% das amizades sobreviveram do primeiro ao 
sexto ano, com aproximadamente metade (48%) delas se dissolvendo logo 
nos primeiros 12 meses. Mas uma descoberta surpreendeu os pesquisadores –
 mais amor não afeta na estabilidade das amizades: “Carinho e afeição 
não parecem fazer muita diferença. São as características negativas dos 
pais que são fundamentais para determinar se e quando essas amizades de 
infância terminam.”, disse Brett Laursen, uma das autoras do estudo.
Os 
pesquisadores afirmam que pais deprimidos e psicologicamente 
controladores criam um clima afetivo prejudicial ao bem-estar de uma 
criança, com problemas que se espalham para suas amizades. “Acreditamos 
que as crianças com pais deprimidos e psicologicamente controladores não
 estão aprendendo estratégias saudáveis para se envolver com outras 
pessoas, o que pode ter consequências a longo prazo para seus 
relacionamentos futuros”, diz Laursen.
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Ingrid Luisa
super

 
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