Um estudo da Universidade de Oxford, que analisou a composição de um
grupo de estalagmites no Irã determinou que um fenômeno climático de
grande escala pode ter sido a causa do desaparecimento do Império
Acádio, há mais de 4 mil anos. Esse mesmo fenômeno também pode ter
trazido mudanças radicais nas sociedades do Egito e do Vale do Indo, na
mesma época. As causas da queda do Império Acádio, no ano 2.154 a.C., são ainda
matéria de discussão. Nesse contexto, a pesquisa da Universidade de
Oxford pode ser uma pista fundamental para desvendar esse mistério. A
análise se baseou na composição de várias estalagmites de
aproximadamente 5 mil anos, encontradas na caverna iraniana de Gol-e
Zard, cujos registros demonstraram bruscas mudanças na quantidade de
magnésio e nos isótopos de oxigênio das pedras. Os resultados
demonstram uma forte mudança climática na região, algo também
evidenciado nos sedimentos do Mar Vermelho e do Golfo de Omã. Tudo
indica que, nessa época, a região atravessou uma breve idade de gelo,
com fortes ventos de monções no inverno e verões de extrema seca. Assim,
a ciência parece demonstrar que mudanças climáticas arrasaram várias
civilizações, como a do Império Maia, que também pereceu após sofrer
enormes secas, no ano de 1315. O Império Acádio foi o primeiro
Estado mesopotâmico semita do III milênio a.C. Seu território ia da
Síria até a Baixa Mesopotâmia. Após a queda do império, o povo da região
se uniu em duas grandes nações de língua acadiana: a Assíria, no norte,
e, alguns séculos depois, a Babilônia, no sul.
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