Anibelli faz balanço dos oito anos do governo Richa no Paraná



Em discurso nesta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa, o líder da bancada de oposição, deputado Anibelli Neto (MDB), fez um balanço dos oito anos em que o governador Beto Richa (PSDB) esteve à frente do Poder Executivo e questionou: “qual o legado que esta gestão deixou para o Paraná?”.

Anibelli lembrou que os quatro primeiros anos da atual gestão foram marcados pelo desequilíbrio fiscal. “No final de 2014 o Paraná tinha uma dívida com fornecedores de R$ 4 bilhões. O próprio secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, reconheceu no início de 2015, que o Estado estava quebrado e que o Paraná gastou muito mais do que arrecadou entre 2011 e 2014”.

O parlamentar explicou que, com o objetivo de sanear as finanças do Estado, o governo colocou em prática um ajuste fiscal que prejudicou a população e o setor produtivo. “O governador foi reeleito com o discurso de que o melhor estava por vir. Mas do ponto de vista prático os impostos, taxas e serviços aumentaram, os servidores públicos ficaram sem reajustes e o governo passou a utilizar o dinheiro da previdência do funcionalismo. Todo mês o Estado usa R$ 147 milhões de recursos que são da previdência dos servidores”, contou.

Entre as medidas adotadas no ajuste fiscal, Anibelli lembrou do “tarifaço” do Detran, que aumentou em até 271% as taxas dos serviços; do aumento do ICMS sobre diversos itens, entre eles a gasolina, e da retirada da isenção do ICMS sobre 95 mil produtos de consumo popular, como alimentos, medicamentos, roupas, calçados, gás de cozinha; e da taxação em 11% dos aposentados e pensionistas do regime próprio de previdência que recebem acima de R$ 5,6 mil.

“Como o governo pode dizer que aumento na qualidade de vida da população se houve aumento do ICMS de diversos produtos e a retirada da isenção do ICMS de mais de 95 mil itens de consumo popular? Um cálculo feito pela Fiep revelou que esta medida representou uma redução R$ 800 milhões no poder de compra da população. Ao mesmo tempo, houve um aumento de 132% na conta de água, enquanto a inflação no período foi de 57%, e também um aumento de 64% na conta de energia”, questionou.

Na última segunda-feira (26) o governador anunciou que vai renunciar ao cargo no dia 6 de abril. O afastamento ocorre para que ele possa ser candidato ao Senado nas eleições de outubro. Com a renúncia, a vice-governadora Cida Borghetti assume a chefia do Poder Executivo.


Assessoria Liderança Oposição

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