Em 1980, o prestigiado químico e físico nuclear americano Glenn Theodore
Seaborg (1912-1999) conseguiu materializar, somente por alguns
segundos, o sonho dos alquimistas. O cientista foi capaz de transformar
partículas de bismuto em ouro, igualando seu número atômico e utilizando
os prótons e nêutrons do seu núcleo.
Seaborg começou muito jovem uma carreira brilhante no campo
da física nuclear, o que o levou a participar do Projeto Manhattan, que,
desde 1939, tinha como objetivo construir uma bomba atômica antes dos
nazistas.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, o cientista
deu continuidade à sua carreira de sucesso: identificou vários
elementos, publicou centenas de artigos e chegou até a ganhar, em 1951,
um Prêmio Nobel de Química, dividido com Edwin McMillan.
Um
dos momentos mais curiosos de sua carreira ocorreu no início da década
de 1980, quando conseguiu transformar milhares de átomos de bismuto, um
metal denso, descoberto na antiguidade, em ouro. Apesar do sucesso do
seu experimento, a instabilidade atômica do ouro obtido era tão grande
que, em pouco tempo, virou outro metal. Além disso, o procedimento não
era rentável para os laboratórios, de modo que a pesquisa foi deixada de
lado.
Science History Institute
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