Relato de uma jornalista presente no ônibus
da caravana de Lula que foi alvejado por tiros na noite de ontem
mostram que a Polícia Militar do Paraná não acompanhou o deslocamento da
comitiva, apesar da escalada de violência e perseguição contra o
ex-presidente. Descaso facilitou a ação dos criminosos. Segundo Eleonora Lucena, jornalista com mais de 40 anos de
carreira, em um determinado momento os policiais chegaram a passar pela
caravana, mas não pararam. "Foi um atentado. A escalada fascista subiu mais um degrau.
Grupos ultradireitistas não enxergam limites. Ovos, pedras, projéteis,
chicotes. São milícias armadas que planejam atentados. Como as gangues
que precederam as SS nazista. O mesmo modus operandi terrorista. Vi isso num crescendo nos últimos dias. Adeptos de
Bolsonaro, ruralistas, pessoas violentas que berram e xingam. Eu mesma
levei uma ovada na cabeça no sábado só por estar saindo do hotel onde
estava hospedado Lula. "Lincha, é comunista", ouvi em algum momento. O país precisa reagir. O atentado não foi só contra Lula. O
projétil foi contra a democracia. Democratas precisam aprender com a
história e formar já uma frente ampla contra o fascismo."
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