Uma pesquisa desenvolvida por um grupo de cientistas noruegueses da
Universidade de Oslo revelou fatos desconhecidos sobre a peste negra. De
acordo com o estudo, diferentemente do que se acreditava, não foram os
ratos os responsáveis por espalhar a pandemia, ocorrida no continente
europeu entre os séculos XIV e XIX, mas sim os ectoparasitas humanos. Os acadêmicos criaram um modelo de simulação para recriar as curvas
de contágio da peste bubônica, uma das piores epidemias que a humanidade
sofreu. Eles concluíram que os padrões de propagação coincidem
perfeitamente com os ciclos de vida das pulgas, piolhos e ácaros da
sarna, os parasitas humanos mais conhecidos. Além disso, os responsáveis
pelo estudo ressaltaram que, dadas as condições climáticas, os ratos
não eram tão comuns na Europa da época, e então é pouco provável que
tenham sido responsáveis pela infecção mortal. Ao contrário de outras doenças infecciosas, a peste negra, causada pela bactéria Yersinia pestis,
não se propagava diretamente entre os doentes, mas era transmitida aos
humanos pelos animais infectados. Alguns médicos que tratavam pacientes
contaminados na Idade Média usavam máscaras que pareciam bicos de aves,
cheias de itens aromáticos. As máscaras foram concebidas para
protegê-los do ar fétido que, de acordo com a crença da época, era
considerado erroneamente como a causa da infecção.
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