Indicado para ser o ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, o
general Augusto Heleno afirmou nesta segunda-feira que não existe a
intenção de interferir nos assuntos internos da Venezuela ou de fechar a
fronteira entre Roraima e o país vizinho para impedir a entrada de
refugiados. Heleno elogiou o trabalho humanitário que as Forças
Armadas têm feito na recepção aos refugiados e disse que não existe a
ideia no governo de uma intervenção na Venezuela. “Em
termos do que está se colocando, de ingerência nos assuntos da
Venezuela, o próprio presidente já disse que não é o caso. Nós temos
preceitos constitucionais que regulam isso”, afirmou o general. Heleno
ressaltou ainda que não há como fechar a fronteira entre os dois
países, como quer o governo de Roraima, apesar de admitir que o número
de venezuelanos entrando no país é maior que a capacidade do Estado. “Fechamento
de fronteira, quem conhece a fronteira da Amazônia sabe que não vai
fechar. É uma proposta que não é realizável, é utópica”, disse. O
general foi questionado ainda sobre o que mudaria no governo com a
entrada de militares em vários cargos. Heleno defendeu que é apenas uma
questão de aproveitar a formação e o investimento que o Estado dá aos
militares e isso não pode ser um tabu. Não muda nada, é apenas
uma questão de coerência. Não tem nada a ver com governo militar,
ninguém está pensando em intervenção militar, em autoritarismo, nada
disso. É um aproveitamento de gente que o país não estava acostumado a
aproveitar e tem muito da nossa formação que pode ser aproveitada. Pouca
gente conhece o Brasil como nós”, afirmou.
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