Estudo encontra casos de câncer de mama retratados em pinturas renascentistas



O câncer é frequentemente considerado uma doença da modernidade e ligado à maior longevidade, dieta e estilo de vida. No entanto, estudos recentes mostram que essa doença já existe há muito tempo.

Para estudar a incidência do câncer de mama no passado, uma equipe de oncologistas, liderada por Raffaella Bianucci, da Universidade de Warwick, na Inglaterra, estudou a iconografia dos seios na história da arte.
Os resultados da pesquisa foram divulgados no jornal The Lancet Oncology. A equipe descobriu sinais da doença na pintura a óleo La Notte, de Michele di Rodolfo del Ghirlandaio, uma transposição da estátua de mesmo nome de Michelangelo. Na pintura, o seio esquerdo da mulher é menor que o direito e mostra sinais de retração do mamilo, o que é sugestivo da doença. 
Outra pintura da Renascença estudada foi Allegoria della Fortezza, de Maso da San Friano. Nesse caso, a figura feminina parece ter um tumor que rompeu a pele do seio, além de tecido afundado em torno do mamilo, o que é consistente com o diagnóstico de um câncer de mama ulcerado e necrosado, associado a um linfedema, de acordo com os pesquisadores. 
Ambas as telas datam do século XVI, época de bastante inovação nas práticas medicinais, incluindo a cirurgia de remoção de tumores nos seios. Os autores do estudo acreditam que a demonstração da doença nas pinturas foi intencional, o que significa que o câncer de mama era relativamente comum na época.

Atlas Obscura
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