Todos os parceiros e
operadores de Michel Temer, que usurpou o cargo da presidente Dilma
Rousseff por meio de um golpe parlamentar, estão presos. A lista
inclui Henrique Eduardo Alves, o primeiro a trair a presidente Dilma
Rousseff, Eduardo Cunha, que aceitou a farsa do golpe sem crime de
responsabilidade, Geddel Vieira Lima, do bunker de R$ 51 milhões, José
Yunes, parceiro de Temer em negócios imobiliários, o coronel Lima,
tesoureiro informal da família, e Wagner Rossi, operador político do
MDB. Ou seja: o que aconteceu
nesta quinta-feira 29 foi um verdadeiro strike, que torna praticamente
inevitável a terceira denúncia contra Michel Temer. O fato de o Brasil
ser governado hoje por um personagem já denunciado por comando de
corrupção e comando de organização criminosa, também deixa uma pergunta
no ar: vão prender também o chefe? Leia, abaixo, reportagem da Reuters: RIO DE JANEIRO (Reuters) -
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o ex-assessor
especial da Presidência, e amigo do presidente Michel Temer, José Yunes,
informou o advogado de defesa de Yunes. O advogado José Luis
Oliveira Lima, que representa Yunes, chamou a prisão de ilegal e disse
ser uma violência contra a cidadania. “É inaceitável a prisão de um
advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimidado ou
mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar”, disse
Lima em nota. A Polícia Federal informou
que não vai se manifestar “a respeito das diligências realizadas na
presente data” por determinação do Supremo Tribunal Federal. Procurado, o
STF não estava disponível de imediato para comentar. O Palácio do Planalto não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a prisão de Yunes. Yunes, que é advogado, teve
seu sigilo bancário quebrado pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso
na mesma decisão em que foi decretada a quebra do sigilo de Temer no
âmbito do chamado inquérito dos portos. Nesse inquérito, Temer é
investigado ao lado de aliados sob suspeita de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro na edição do decreto para prorrogar os contratos de
concessão e arrendamento portuários, que teria beneficiado a empresa
Rodrimar S.A., que opera áreas do porto de Santos. Também como parte dessa
investigação, a PF enviou diversas perguntas a Temer no início deste
ano, incluindo se ele sabia da entrega de valores pelo doleiro Lúcio
Funaro a Yunes e se o presidente orientou Yunes a receber os recursos e
se o dinheiro foi usado por Temer. No início de 2017, em
entrevista à revista Veja, Yunes afirmou que teria recebido um “pacote”
de Funaro, a pedido do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com a emissora de
TV Globonews, também foi preso nesta quinta-feira o dono da Rodrimar,
Antonio Celso Grecco. Procurada, a Rodrimar não estava disponível de
imediato.
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