Quem acredita ter a vida sexual mais ativa que a dos outros é mais feliz, diz estudo


As relações sexuais em si influenciam a felicidade, mas a opinião que uma pessoa tem sobre a sua vida sexual, em comparação com a das outras pessoas, tem peso ainda maior, segundo pesquisa.

Pessoas que fazem mais sexo tendem a se declarar mais felizes, mas essa felicidade é relativa. Um estudo americano mostrou que a satisfação de uma pessoa com sua vida sexual depende do que ela pensa sobre a vida sexual de pessoas de faixa etária ou estilo de vida semelhante ao seu.

O estudo, coordenado por Tim Wadsworth, professor de sociologia da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, foi publicado na edição de fevereiro do periódico Social Indicators Research. O trabalho se baseou nas respostas de mais de 15.000 pessoas que participaram de uma pesquisa nacional entre 1993 e 2006.
Segundo a análise de Wadsworth, pessoas que relatam níveis mais altos de felicidade, de fato, também apresentam frequência sexual mais intensa. Aqueles que declararam fazer sexo de duas a três vezes por mês tinham chances 33% maiores de se considerar muito felizes em relação àqueles que relataram não ter realizado relações sexuais nos últimos 12 meses.
Comparados com aqueles que não relataram relações sexuais no ano anterior, aqueles que faziam sexo uma vez por semana eram 44% mais propensos a se considerar mais felizes, enquanto as pessoas que faziam sexo de duas a três vezes por semana eram 55% mais propensas a relatar altos níveis de felicidade.
Felicidade relativa – O estudo mostrou que acreditar ter uma vida sexual mais ativa do que as outras pessoas pode ser mais importante do que a frequência sexual em si para determinar a felicidade. “Fazer sexo nos deixa felizes, mas achar que estamos fazendo mais sexo do que os outros nos deixa ainda mais felizes”, afirma Wadsworth.
Assim, se uma pessoa faz sexo duas a três vezes por mês, mas acredita que os outros o fazem três vezes por semana, a probabilidade dessa pessoa relatar um nível alto de felicidade diminui, em média, 14%.

Para que isso aconteça, é preciso que as pessoas suponham a frequência com que outras pessoas de seu círculo social fazem sexo. Essa informação é menos evidente do que o nível salarial de uma pessoa, por exemplo, que se reflete nos bens que ela possui e em seus hábitos de vida, mas, segundo os pesquisadores, pode ser sondada em conversas com amigos ou a partir de pesquisas sobre hábitos sexuais.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sex and the Pursuit of Happiness: How Other People’s Sex Lives are Related to our Sense of Well-Being

Onde foi divulgada: periódico Social Indicators Research

Quem fez: Tim Wadsworth

Instituição: Universidade do Colorado, Boulder, EUA

Dados de amostragem: 15.386 pessoas que participaram de pesquisas nacionais entre 1993 e 2006

Resultado: Acreditar ter uma vida sexual mais ativa que as outras pessoas pode ser mais importante do que a frequência sexual em si para determinar a felicidade.


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